23 novembro 2017

Desobstrução de PICC / CCIP em Adulto




Hey hey !!!

No post de hoje vou contar mais um pouquinho de Relato de Caso, Legislação e Técnica de Desobstrução de PICC (peripherally inserted central catheter) / CCIP (cateter central de inserção periférica).

LEGISLAÇÃO NA ENFERMAGEM

CONCEITO

Consiste na descrição dos cuidados de enfermagem ao paciente portador do cateter central de inserção periférica para garantir a permeabilidade do cateter e prevenção de infecção, assegurando uma terapêutica de qualidade e segura.


FINALIDADE

Manter a permeabilidade do cateter venoso central durante todo o tratamento, prevenindo complicações que determinem à perda precoce do mesmo e comprometam a segurança do paciente.


Conselho Regional de Enfermagem - SP

"Recomendamos que a lavagem do cateter e a administração de medicamentos sejam preferencialmente realizados por Enfermeiros. O Técnico de Enfermagem, treinado e supervisionado por um Enfermeiro habilitado poderá realizar a lavagem do PICC e a administração de medicamentos, conforme protocolo desenvolvido pela instituição. Quanto a fixação do cateter, a mesma deve ser realizada com filme transparente, curativo de fixação ou um dispositivo de estabilização para cateter sem sutura, reduzindo os riscos de acidentes e ampliando a segurança para o paciente. Os curativos devem ser exclusivamente realizados pelo Enfermeiro habilitado e capacitado, promovendo assim a inspeção, a palpação e a avaliação contínua do sítio de inserção do cateter.  É o parecer. "


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1.  MATERIAL para técnica com dânula

* Bandeja / Avental descartável como campo cirúrgico improvisado
* 1 seringa de 10 mL / 1 seringa de 5 mL com SF 0,9% 
* 5 ampolas de SF 0,9%
* Agulha 40 x 12 mm
* 1 dânula (torneirinha de três vias)
* 1 par de luvas estéreis
* 1 par de luvas de procedimento
* 1 pacote de gaze estéril
* álcool 70% / clorexidina 0,2%
* saco branco (resíduo infectante) / caixa de perfurocortantes





Perceba que há setinhas pra auxiliar na decisão de infusãoDisponível em: https://portaldomedico.blob.core.windows.net/produtos/0139092b-c03e-48c8-b84f-2844ffd79356/productimage-picture-torneira-de-3-vias-c-luer-lock-descarpack-8754.jpg



Imagem relacionada

Isso é o que fica por baixo do curativo
Disponível em: http://www.politecsaude.com.br/files/Arquivos/STATLOCK-PICC-PLUS.jpg

Resultado de imagem para dispositivo picc 1 via

Sítio anatômico de inserção
Disponível em: https://noticiasenfermagemblog.files.wordpress.com/2016/05/picc2.jpg?w=736







Veja maior em - http://bioflo.com.br/bioflo-picc.aspx

Imagem relacionada

O curativo se apresenta desta forma pra que seja visível o local de inserção
Disponível em:  http://www.enfermagemnovidade.com.br/2014/08/cuidados-de-enfermagem-ao-picc-cateter.html




1. INSTRUÇÕES (em construção)

Avaliar local de inserção, se há Sinais Flogísticos (calor, rubor, hiperemia, dor, flebite), se realização do curativo estéril foi bem executada, se há extravasamento de sangue etc.
* Realize a desinfecção da tampinha com gaze embebida em álcool a 70%, remova e descarte-a no saco de lixo, mas antes confira no local se há uma nova.
* Realize a desinfecção do conector da mesma forma. 
* Conecte a torneirinha no cateter. 
* Em uma via da torneirinha conecte a seringa de 10 mL vazia e na outra via conecte a seringa de 5 mL previamente preenchida com solução fisiológica.
* Feche a via da seringa de 5 mL, deixando abertas as vias da seringa de 10 mL vazia e a do cateter.
* Segurando firmemente a seringa de 10 mL vazia, aspire o máximo possível criando pressão negativa no interior do cateter.
* Abra a via da seringa de 5 mL e feche a da seringa vazia. Aguarde o tempo necessário para a solução fisiológica entrar no cateter por diferença de pressão.
* Ao término da entrada da solução no cateter, feche a via da seringa de 5 mL e abra a via da seringa de 10mL.
* Aspire novamente até observar a presença de sangue / coágulos no interior da seringa, removendo totalmente a solução do interior do cateter.
* Injete no cateter 5-10 mL de SF 0,9%.
* Feche a torneirinha com a tampinha, reinicie / dê continuidade a infusão.

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2. MATERIAL para técnica sem dânula

* Bandeja / Avental descartável como campo cirúrgico improvisado
* 1 seringa de 10 mL / 1 seringa de 20 mL
* 5 ampolas de SF 0,9% 
* Agulha 40 x 12 mm
* 1 dânula (torneirinha de três vias)
* 1 par de luvas estéreis
* 1 par de luvas de procedimento
* 1 pacote de gaze estéril
* álcool 70% / clorexidina 0,2%
* saco branco (resíduo infectante) / caixa de perfurocortante


2. INSTRUÇÕES  (em construção...)

* Deixe previamente o material aberto em uma bandeja previamente limpa com álcool 70% ou em cima de um avental descartável, saco de lixo próximo
* Com o paciente em DDH (decúbito dorsal horizontal) 45 a 90º inicie o procedimento
* Avaliar local de inserção, se há Sinais Flogísticos (calor, rubor, hiperemia, dor, flebite), se realização do curativo estéril foi bem executada, se há extravasamento de sangue etc.
* Avalie se o dispositivo é de 1 ou 2 vias e já previamente se alguma delas tem presença de coágulos ou está com fluido turvo
Realize a desinfecção da tampinha com gaze embebida em álcool a 70%, remova e descarte-a no saco de lixo, mas antes confira no local se há uma nova.
* Encaixe uma seringa de 10ml e puxe o êmbolo, segure firme para que haja uma descompressão do interior do lúmen / via e mobilização do conteúdo. Pode ser que saia alguns ml de soro com sangue e AR. Faça uma dobrinha nessa via, com a mão não dominante, e despreze o conteúdo numa gaze. Cuidado para não entrar ar no cateter !!!
* Aspire e Infunda 10ml de SF 0,9% através de movimentos pulsáteis e atente para resistência da infusão
* Repita o processo se necessário e após alguns segundos aspire e analise o conteúdo, se já presença de sangue fluido no cateter (significa que está na veia e está pérvio). Se também não houve resistência, ok. Pergunte sempre se o paciente está com dor
* Se houver essa possibilidade , na 2ª seringa de 10ml, aspire 0,3ml de Heparina e o restante de SF 0,9% e infunda lentamente para o término do procedimento avaliando resistência 
* Feche a torneirinha com a tampinha, reinicie / dê continuidade a infusão

*** Segundo alguns Protocolos é viável e Legal utilizar apenas 0,3ml de Heparina numa seringa de 10ml. Sendo a última ou 2ª seringa de  infusão antes de fechar a via.
Ver no vídeo 1 dos links.

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TENTATIVA SEM SUCESSO - O QUE FAZER ???

     No caso da minha vivência, vou falar sobre uma vez que não deu certo.
     Os profissionais que me auxiliaram no fornecimento de material durante o procedimento, viram a inviabilidade interna do cateter, ainda que desobstruído.
     Relatei o caso ao familiar, que conversou com o responsável do convênio pelo telefone e foi solicitada uma ambulância de UTI de acordo com as necessidades do paciente, para que fosse removido e avaliado por um médico no hospital de preferência.
     Já dentro do ambiente hospitalar não sei ainda como proceder.

OBSERVAÇÕES

* Ao conectar as seringas na torneirinha, certifique-se de que as conexões estejam firmes.
* Não tente forçar a infusão de soluções no cateter obstruído, pois isso poderá rompê-lo.
* Não ocorrendo a desobstrução, deixar fechado com Solução Fisiológica e repetir o procedimento mais tarde.
* Realizar no máximo 5 tentativas de desobstrução.

RISCOS

Assistenciais:
• Infecção • Saída acidental do cateter • Rompimento do cateter
Ocupacionais:
• Contaminação do profissional
Legais
• Registros incompletos ou ausentes 

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GOSTEI MUITO DESTE VÍDEOS

Este fala sobre os ml de Heparina e a Técnica



Outra forma de desobstrução com Dânula


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FONTES:

POP / SPDM - Fev/2017
http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2017/cateter_central/5POP_Desobstrucao_PICC2017.pdf

HUPE - Manutenção de PICC
http://www.hupe.uerj.br/hupe/Administracao/AD_coordenacao/AD_Coorden_public/POP%20CDC%20033.%20CATETER%20VENOSO%20CENTRAL%20-%20MANUTEN%C3%87%C3%83O.pdf

Permeabilização de PICC - COREN-SP
http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_17.pdf

PICC - POP 2010
http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/Protocolo-PICC.pdf

Ementa: Passagem, cuidados e manutenção
de PICC e cateterismo umbilical - COREN-SP
http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2013_43.pdf

Outras informações sobre Inserção de PICC
http://www.enfermagemnovidade.com.br/2014/08/cuidados-de-enfermagem-ao-picc-cateter.html

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Espero terem sido úteis e esclarecedoras minhas perspectivas.
Até o próximo post 😉 fui!

18 novembro 2017

Troca do Dispositivo de GTT / GTM

Hey hey!

Hoje vamos a mais uma postagem que não vejo muuuito bem explicada pelos campos do Google.
Nas últimas semanas, observei, fui orientada e então tenho realizado a troca desse dispositivo.
Evoluí, adquiri mais da tal experiência  na área realizando procedimentos...consequentemente, se você é um eterno aluno nerd como eu, surgirão dúvidas e CLARO eu fui pesquisar mais a fundo, no intuito de evitar iatrogenia, pois, sinceramente não lembro de nenhum professor ensinar isso na faculdade, eu não sabia a frequência e os motivos de uso...quando se entra sem já ser TE/AE tudo é muito novo...enfim, chega de enrolação.

LEGISLAÇÃO NA ENFERMAGEM

Falemos então sobre esse procedimento, que é uma atribuição privativa do Enfermeiro, por ser de complexidade e nível científico um pouco mais avançado.
Não é nenhum bicho de 7 cabeças quando se vê de perto, mas nesse momento se vê a importância daquelas disciplinas que o povo reclama/ama tanto até o meio da facul de Enfermagem.

Disciplinas utilizadas: Semiologia/Semiotécnica - Anatomia - Legislação - Fundamentos



"Entende-se que o procedimento de troca da sonda de gastrostomia é considerado complexo, devendo, portanto estar embasado na Lei 7.498/86 regulamentada pelo Decreto 94.406/87, que dispõe sobre o exercício profissional da Enfermagem, em seu artigo 11, inciso I, alínea “m”, em que define como ação privativa do Enfermeiro os cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimento de base científica e capacidade de tomar decisões 
imediatas 1,2."  (COFEN, 2013)

"Considera-se que a prática assistencial conta com a atuação dos profissionais na equipe interdisciplinar, cabendo aos membros destas equipes a discussão dos casos e a tomada de decisão clínica baseada em consenso. Portanto, a decisão de troca de sondas de gastrostomia é definida em conjunto entre Médicos, Enfermeiros e Nutricionistas, devendo o procedimento ser executado por Médicos e/ou Enfermeiros capacitados para tal." (COFEN, 2013)

"Por outro lado, está estabelecida formalmente a especialidade do Enfermeiro Estomaterapeuta pela Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST, no documento ‘Competências do Enfermeiro Estomaterapeuta’ que preconiza 
11:

A estomaterapia é uma especialidade (pós-graduação latu sensu) da prática do enfermeiro – instituída no Brasil em 1990 – voltada para assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida (Estatuto SOBEST)." (COFEN, 2013)



CONCEITO

"A jejunostomia estabelece o acesso cirúrgico à luz do jejuno proximal. Está indicada na descompressão digestiva como complemento à cirurgias gástricas, ou como terapêutica paliativa em pacientes portadores de neoplasia maligna irressecável do estômago. A jejunostomia endoscópica percutânea é um procedimento similar à gastrostomia percutânea indicada para pacientes que necessitam de suporte nutricional definitivo e não possuem estômago ou não toleram a alimentação por gastrostomia 14." (COFEN, 2013)

"A permanência da sonda de gastro/jejunostomia não tem período definido, sendo comumente mantida em longo prazo em função da necessidade de suporte nutricional do paciente. A troca da sonda não é rotineiramente necessária e não têm intervalo de tempo definido na literatura, estando esta indicação limitada às situações de complicação e à decisão de substituição a partir de critérios do cirurgião e equipe (ruptura, deterioração, oclusão da sonda). As complicações do sistema envolvem a infecção periestomal, extravasamento do conteúdo gástrico, tecido de granulação, sangramento, obstrução da sonda, entre outras 12." (COFEN, 2013)


Fonte:
PARECER Nº 06/2013 / COFEN / CTAS
Troca de sondas de gastrostomia e jejunostomia.
http://www.cofen.gov.br/parecer-no-062013cofenctas-2_28109.html

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MATERIAL

Então...no que pude observar, o calibre/french do cateter/sonda deve ser calibroso suficiente 😕, devendo vedar o estoma para que não haja extravasamento de conteúdo para o meio externo ou cavidade peritonial. Observe também a presença de granulomas sangrantes no local de inserção e seja cuidadoso na troca de sonda.

CASO - Paciente sexo fem, 74a, consciente, acordada, contactuando porém confusa, acamada por hemiparesia, faz uso de fralda, e ventilando em O2 ambiente. Acompanhada da Técnica de Enfermagem que explicou o caso e relatou que a GTT já estava há pelo menos 5 meses instalada. Apresentava previamente um dispositivo do tipo botton, o qual havia sido danificado pelo próprio ácido gástrico, causava dor do sítio periestomal e gástrica, obstrução de cateter por secreção sanguinolenta e portanto incapacidade de suporte nutricional adequado e risco de infecção. Foi avaliada pele periestomal e ao tracionar levemente o dispositivo acabou por sair quase que por expulsão sem resistência devido ao dano do balonete.

Vamos tomar este exemplo:

* cateter de Foley nº24 - 2 vias, siliconado (transparente)
* extensor de GTT
* 1 pacote de gaze estéril
* 1 seringa 20ml
* 3 flaconetes AD (água destilada)
* Clorexidina aquosa 0,2%
* 1 par de luva de procedimento 
* 1 tubo de xilocaína gel
* fita microporosa (micropore, sacaram né gente? 😁)
* tesoura
* EPI: óculos de proteção / máscara descartável / avental descartável
* pomada de preferência para proteção/prevenção (Ex: cetoconazol)


Extensor de GTT
Resultado de imagem para extensor de gastrostomia








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TÉCNICA / INSTRUÇÕES

* Reunir material / lavar as mãos / se paramentar / explicar para o paciente
* Prepare um local entre as pernas do paciente que funcione como um campo cirúrgico e seja limpo de microrganismos pra você atuar de forma higiênica, que seja uma toalha limpa e sempre mantendo os materiais em suas embalagens sempre que puder
* Avaliar sítio periestomal (sinais flogísticos, secreção), dor local e tração da sonda de GTT

* Abra a sonda corretamente, e teste o balonete com os ml sugeridos na extremidade da via do balonete, sem retirar a sonda da embalagem ainda
* Sacar GTT antiga, avaliando a extremidade do balonete e causa do dano, desprezando-a

* Realizar antissepsia do local com Clorexidina ou AD, como num procedimento estéril passar a gaze 1x unidirecional (ou até dobrar) mas sem repassar
* Avalie o estoma, quantidade e aspecto de secreções, se reflui ou não
* Explique continuamente se necessário o procedimento ao paciente e antes de inserção da nova sonda peça a ele/ela que não contraia o abdome pois irá causar resistência de entrada e dor.
* No dorso(costas) da sua mão não dominante jogue uma pequena porção de xilocaína gel sem encostar a ponta da medicação na sua mão. É um local que provavelmente não encostou em nada e menos contaminado / ou faça isso numa gaze mesmo. Envolva cerca de 10cm da sonda com a medicação.
* Siga anatomicamente o lúmen estomal por aproximadamente 10cm, devagar, atentando para resistência (contração abdominal de dor),  evitando trauma local. Os 10cm servem como margem de segurança para que você possa insuflar o balonete
* Atente pra via do balonete, é colorida. Insufle com 10ml de AD, tracione levemente, se certificando de que a sonda está devidamente locada 
* Observe se está drenando algum conteúdo gástrico (ok 👍você acertou o local ) e já conecte o extensor de GTT para que não haja exteriorização de conteúdo gástrico
* Infundir +20ml de AD pela via de administração dieta / medicação  para desobstrução e perguntando se há dor
* Observe se suas mãos estão limpas e realize novamente antissepsia do local, aplicando em seguida medicação/pomada (prevenção de infecções fúngicas, micoses e prurido), e então refaça o curativo oclusivo ao redor da sonda (há vários modos de fazer)
* Descartar o material / lavar as mãos e realizar Anotação de Enfermagem

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Ufa..."só isso", poucos detalhes né?
Mas tem que fazer pra que se torne algo rotineiro na sua mente.
Espero terem sido úteis e esclarecedoras minhas perspectivas.
Até o próximo post 😉 fui!

19 outubro 2017

Enfermeiro x Ambulâncias Remoções Simples - Parte 1


       Heeey hey ! Depois de uma eternidade sem postar nada...batendo o record de sumiço, bora elucidar o pessoal da Enfermagem novamente pra quem não sabe nada sobre isso e quer começar.
Senti necessidade desse tema na internet quando comecei, porque também não sabia nada.

       Só lembrando que esses posts serão a visão da minha realidade, podendo observar, checar, avaliar, dialogar/lidar com pessoas e aprender todo dia alguma coisinha que vai fazer a diferença no próximo atendimento e no futuro.

💫 Vamos partir do princípio de que você tem que saber o nome e a função dos dispositivos e aparelhagem, e o que por lei é de sua alçada manusear.

1º Passo - Antes de tudo, conheça a ambulância...e muuuito bem! Existem compartimentos com  materiais para procedimentos específicos com o intuito de acesso rápido quando necessário. Isso é o que eu penso, mas nem sempre o que vejo. Desorganização custa muito caro quando não se tem tempo.
São recipientes/potes com tampa contendo:
* infusão/soluções, seringas, scalps e jelcos
* máscaras de nebulização, cateter de O2, extensões
* ambus, nebulizador e umidificador
* colar cervical e talas para imobilização
* sondas de aspiração, óculos, avental descartável, máscara....etc.

" Tá ok, mas e daí? Já conheço tudo, já vi nos estágios e nos laboratórios blablabla 😴 "

Tem um enorme porém nisso tudo, nem sempre é a mesma equipe que utiliza aquela VTR (viatura/ambulância).
O que será que utilizaram em outro dia enquanto você não estava lá?
Será que no percurso alguém de fato pegou uma Emergência na rua e precisou usar algo?
Sim, vc pode ser essa equipe, vai ter que parar, e é bom que saiba o básico ao menos já que escolheu trabalhar com isso. Pode não ter experiência, mas se vc souber bem a teoria, ao aplicar vai ver como pode salvar vidas.





É estritamente necessário fazer a Check-list de materiais entre outros cuidados como: checagem das libras de O2 de rede (que fica na parede) e do O2 portátil, observar funcionamento do manômetro e fluxômetro, se a rede está fechada quando vc sai para não desperdiçar, limpeza concorrente e terminal da VTR.


REMOÇÃO  SIMPLES

       Consiste no transporte do paciente, sempre acompanhado de familiar ou cuidador/homecare, podendo ser:

* residência x hospital
* hospital x residência
* hospital x hospital
* clínicas para hidroterapia, fisioterapia, hemodiálise, consultas médicas, equoterapia, alta hospitalar, internação etc.


EQUIPE
1 Enfermeiro  ou Técnico de Enf.  ou Auxiliar de Enf.
1 Motorista / Socorrista

OBJETIVOS / PROTOCOLO

Atentar se o paciente:

* Necessita de O2 / cadeira de rodas
* Transferência do paciente para cadeira / maca com segurança, na ida e na volta
Conferir e travar os 3 cintos de segurança da maca.
* Importante que saiba desmontar e quebrar a maca também para ajudar o Socorrista/Motorista que está com você e conferir se está bem travada no dispositivo de segurança no chão 
* Saiba seu Coren e esteja com o carimbo em mãos caso necessário, porque a liberação de alta será sua responsabilidade
* HD - sinais / sintomas a se esperar e não ocorrer muita surpresa.
* Observar e inspecionar o paciente no intuito de identificar: cianose, náuseas, pupilas, turgor e coloração da pele, Glasgow/nível de consciência, sinais vitais, equimoses prévias, cateteres: GTT / SNG / SNE / CVP, CVC, PICC, fístula artério-venosa (hemodiálise), jejunostomia, colostomia, urostomia. Você pode necessitar dessas informações para a Evolução / Anotação de Enfermagem


* Sempre com você - tesoura, bico seco de O2 (adaptador), caneta


***

    CHECK-LIST  SIMPLES

Atente para validade mesmo que não te peçam, afinal é o seu nome e da empresa que estarão em jogo quando a ANVISA bater na sua porta  😉


QUANT.       MATERIAL          REPOR (ou Ok)


10              Água destilada
10              SF 0,9%
4                Agulha 40x12
4                Agulha 30x7
4                Agulha 25x7
1                Ambu Adulto
1                Ambu Infantil
1                Aspirador de rede
1                Inversor (tipo um estabilizador pra pc)
               Ataduras
2                Aventais descartáveis
4                Cateter O2 adulto
1                Cinto aranha (tirante colorido)
1                Prancha
1                Kit Talas para imobilização
2                SF 0,9%   250ml
1                Colar cervical universal
6                Gase
1                Descarpack
2                Equipos
1                Micropore
3                Extensão de silicone para O2
2                Extensão de látex para aspiração
2                Extensão para nebulização
1                Kit Fronha
1                Kit Lençol Azul
1                Kit Lençol Elástico
1                Kit Limpeza (para a VTR)
1                Rolo de papel
1                Kit Nebulização completo (traqueia + nebulizador)
1cx            Luvas p/ procedimento / vinil
7 pares      Luva estéril
2                Máscara de traqueostomia adulto
2                Máscara de traqueostomia infantil
2                Nebulizador
3                Umidificador
2                Scalp  19
2                Scalp  21
2                Scalp  23
2                Scalp  25
2                Scalp  27
4                Seringa  20ml
4                Seringa  10ml
4                Seringa  5ml
4                Sonda de aspiração nº 4
4                Sonda de aspiração nº 6
4                Sonda de aspiração nº 8
4                Sonda de aspiração nº 10
4                Sonda de aspiração nº 12
4                Sonda de aspiração nº 14
               Termômetro
1                Óculos de proteção
1                Tesoura
1                Oxigênio de rede   19,5 kg
1                Oxigênio portátil   5,3 kg
(Olhe no manômetro e anote a pressão em Libras)

***Exceções / Improvisos
2                Sonda de aspiração nº 20
2                Jelco 18 (verde)
2                Jelco 20 (rosa)
2                Jelco 22 (azul)
2                Jelco 24 (amarelo)

* Confira os fluxômetros se estão funcionantes e se a rede de O2 não estava aberta e comunique ao seu RT.




MATERIAIS PRA VOCÊS CONHECEREM


Painel - Régua de gases - Tomadas para aparelhos
Aspirador de rede


Maca devidamente ajustada para a saída


Lençóis descartáveis


Lençol azul - mais resistente


Extensão de O2 - látex



Extensão de O2 - látex



Extensão de O2 - látex



Extensão de O2 - silicone



Extensão de silicone


Cateter O2 tipo óculos



Máscara para nebulização
Máscara para macro-nebulização (BIPAP / CPAP)


Máscara traqueal Adulto
Máscara traqueal Infantil


Cateteres agulhados valem por 5 anos
Atente para os símbolos da "Fabriquinha" - Fabricação
"Ampulheta" - Validade


Acondicionamento dos materiais


VTR simples

04 abril 2012

Anotação e Evolução para Enfermeiros

Olá !

Inicio as postagens deste ano com um tema interessante para estudantes de Enfermagem....
e também a população (os ditos leigos) que acessem o Blog um dia desses...
terão respondida A Pergunta que intriga à vários:

Como será que anotam o que o paciente apresenta, refere,
procedimentos realizados ou medicamentos administrados?

Muito bem....Farei um resumo e exemplificarei alguns casos, conceituando e referenciando Leis/Decretos que determinam qual profissioal anota "o que", e o que é escrito....inclusive alguns termos, importantes pra você Estudante, que vai ver e rever....até o final do curso e da vida profissional ok?
Desta forma também, é possível demonstrar às pessoas que possam vir a ler o post, um pouco mais do que é relatado nos prontuários.

.      CONCEITOS      .

Os registros efetuados pela equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem) têm a finalidade essencial de fornecer informações sobre a assistência prestada, assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garantir a continuidade das informações nas 24 horas, condição indispensável para a compreensão do paciente de modo global.

Os registros realizados no prontuário do paciente tornam-se um documento legal de defesa dos profissionais, devendo, portanto, estar imbuídos de autenticidade e de significado legal. Os mesmos refletem todo o empenho e força de trabalho da equipe de enfermagem, valorizando, assim, suas ações.

Todo documento particular, caso da documentação de enfermagem, para ser considerado autêntico e válido deverá estar legalmente constituído, ou seja, possuir assinatura do autor do registro (artigo 368 do Código do Processo Civil - CPC) e inexistência de rasura, entrelinhas, emenda, borrão ou cancelamento, características que poderão gerar a desconsideração jurídica do documento produzido como prova documental (artigo 386 do CPC). Salientamos que as declarações constantes do documento particular, escrito e assinado, presumem-se verdadeiras em relação a quem o assinou (artigo 368 do CPC), fator importante na defesa profissional em processos judiciais e éticos.

Quando, todavia, um documento contiver declaração de ciência, relativa a determinado fato, o documento particular apenas provará a declaração, mas não o fato declarado (parágrafo único, do artigo 368 do CPC), por isso a importância de cada profissional registrar seus atos e não os de outros.

A documentação de enfermagem, inserida no prontuário do paciente, é importante como fonte de ensino e pesquisa, servindo à auditoria, à avaliação do cuidado e às questões legais, o que determina a necessidade de conhecimento dos deveres e obrigações por parte dos profissionais de enfermagem. Esta documentação
assegura direito constitucional do paciente de decisão sobre sua vida e autonomia, reforçado pela Lei Estadual de São Paulo nº 10.241/99, mais conhecida por Lei Covas.
 
Lei 7.498/86, regulamentada pelo Decreto 94.406/87, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem

.    ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM   - são registros de :

• Todos os cuidados prestados – incluem as prescrições de enfermagem (do Enfermeiro ) e médicas
cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança adotadas, encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros;
• Sinais e sintomas – incluem os identificados através da simples observação e os referidos  pelo paciente. Importante destacar que os sinais vitais mensurados devem ser registrados pontualmente, ou seja, os valores exatos aferidos, e não normotenso, normocárdico, etc;
• Intercorrências – incluem os fatos ocorridos com o paciente e medidas adotadas;
• Respostas dos pacientes às ações realizadas.

O enfermeiro deve adotar estratégias para desenvolver, na equipe, habilidades que garantam excelência das Anotações de Enfermagem, assegurando uma assistência eficaz e isenta de riscos e danos ao paciente.
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______Admissão:

• Nome completo do paciente, data e hora da admissão;
• Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.);
• Presença de acompanhante ou responsável;
• Condições de higiene;
• Queixas relacionadas ao motivo da internação;
• Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames, elevação de grades, etc.);
• Orientações prestadas ( ex. na maternidade, como higienizar os seios antes e após amamentar, ou até mesmo como o paciente/familiar realizar um curativo após a alta hospitalar);

OBS: Poderão ser inclusos dados padronizados na instituição ou informações coletadas de acordo com orientações.

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Exemplo de Admissão em Clínica Médica.
Escrito a mão ou em prontuário eletrônico (o qual deve ser impresso e anexado ao prontuário do paciente, ao contrário não terá valor legal, judicial...etc). Também existem prontuários no formato check-list, que agilizam o atendimento.

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM (Pode ser realizado apenas pelo Enfermeiro)


08:00hs - Paciente admitido nesta unidade por HD de Pneumonia. Está consciente e orientado (Glasgow 15), acompanhado de familiar, deambulando.
Ao exame físico admissional aprensenta couro cabeludo inalterado, pavilhão auricular preservado, gânglios linfáticos não palpáveis, esclera D e E sem alterações (claras), mucosa oral preservada. Pupilas isocóricas, hidratadas e fotorreativas. Av. Tegumentar: integridade da pele preservada. Av. Cardiopulmonar: tórax simétrico com expansão bilateral, taquicárdico (88 bpm ou FC 88bpm), BCNR S/S (bulhas cardíacas normorrítimicas sem sopro), murmúrios vesiculares presentes (MV+), taquipneia (27 ipm) à ausculta apresenta RA+ (ruídos adventícios +) roncos em bases, pulso cheio, perfusão periférica normal (menor que 3 segundos), Hipertenso (140x80 mmHg).
Av. Abdominal: abdome globoso, RHA + (ruídos hidroaereos), timpânico à percussão e flácido à palpação, refere dor em região de flanco E, SIC (segundo informações colhidas) evacuação ausente há 2 dias. Av. geniturinária: SIC (ou caso eu tenha visto, anoto o que evidenciei) volume e aspecto da diurese normais (micção expontânea de aspecto límpido).

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ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM (Pode ser realizado pelo: Enfermeiro, Técnico e/ou Auxiliar)
 09:30hs - Puncionado CVP em MSE (fossa cubital ou dorso). Recebendo (ciprofloxacino, SF 0,9%).
10:30hs - Caso seja adm. outra medicação, em algumas instituições anota-se " Adm. xxxxx e salinização com SF 0,9% ".

*** As anotações já não são tão detalhadas após as primeiras 24hs, pois já se têm dados do paciente. Alguns termos estão mais detalhados, porque expliquei a quem está lendo. Usamos muitas siglas.

Palavas que sempre existirão nas Anotações.
O paciente:
* apresenta - o que o profissional evidencia por observação, lesões por ex.
* refere - possível colocar as palavras dele entre aspas ou na terminologia o que o profissional evidencia por queixa do paciente
* mantem - acessos (observar datas), sondas, cateteres, dispositivos, curativos
* recebe - medicações (escrever as vias....VO, IV, SC)
* aspecto - do local de punção, inserção de cateter, fluidos (urina, fezes, êmese), lesão do curativo


*  Referência:     Livreto - Anotações de Enfermagem COREn SP                
*   http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/anotacoes_enfermagem.pdf

08 maio 2011

Cálculo em Pediatria

Olá!

Bom...hoje o conteúdo não é muito diferente.
Cálculos.....  sim. Já postei muito sobre o tema, né?
Mas há uma diferença de suma importância em um setor....
a Pediatria.

Para quem não sabe, os cálculos neste setor são diferentes. Mas, onde exatamente?

O que vai diferenciar é, que vamos calcular apenas qual seria a dose proporcional ao peso ou a idade ( em meses ou anos ) da criança ok?
Estou colocando aqui o ponto de vista de Médico até onde sei (estou sendo sincera), pois a Enfermagem não presenciei Enfermeiros realizando este cálculo, apenas administram a dose supostamente já calculada pelo médico e/ou laboratório, no caso de comprimidos, ou no caso de administrar medicamentos intravenosos em associação de soro (diluente).
Como é o médico quem faz o cálculo, da dose prescrita, mas no geral é a Enfermagem quem administra, o que por uma eventualidade poderá ter que fazer o cálculo também, e por Lei não existe essa de "aahh eu não sabia", ou seja, eximir-se de culpa por não estar ciente de sua atribuição como profissional da área. Se a pessoa é graduada ela DEVE SABER o cálculo e os riscos de administrar a dose e o medicamento errado, está na grade curricular....se não quis aprender é imprudência mesmo....ou em outros casos irresponsabilidade da Instituição em que estudou, não ensinar.

Enfim, no final, leva a culpa quem administra a medicação e não necessariamente quem a prescreve.
O que vai se manter?
*  Cálculo de macrogotas seria igual, mas na Pediatria usamos mais as microgotas, o qual o cálculo é igual também ok? Referente claro à dose pediátrica.
*  Cálculo de horas por minuto também será mantido.
* OBS: vou usar o  ponto "  .  "  como sinal de multiplicação, ok? Pq se eu usar o X em algumas operações de regra de 3 pode confundir com o X (como variável).


TEMOS   3   FÓRMULAS

REGRA DE CLARK    -   para crianças ( até 12 + -)

Dose infantil = peso da criança . dose adulto
                               70

Exemplo  Regra de Clark
 1) Um fármaco é prescrito para uma criança de 14kg e a dose para adulto corresponde a 100mg. Qual a dose a ser administrada para a criança?

   14  .  100mg
   70

0,2 . 100 = 20mg devem ser adm.



REGRA DE FRIED -  para Lactentes com idade inferior a 2 anos

Dose infantil = idade em meses dose adulto
                              150

Exemplo Regra de Fried
1) Qual a dose de um fármaco para um lactente de 6 meses, sendo que a dose para adulto é de 50mg?

   6     50mg
 150

0,04  .  50 = 2mg devem ser adm.



REGRA DE YOUNG - para crianças de 2 a 12 anos e quando temos apenas a idade como referência.

Dose infantil =    idade da criança        .  dose média para adulto
                        idade criança + 12

Exemplo Regra de Young
1) Qual a dose a ser administrada de Fenobarbital para uma criança de 3 anos, sendo que a dose para adulto corresponde a 30mg?

    3     . 30    =       3   .  30
3+12                     15

0,2 . 30 = 6mg devem ser adm.


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FONTE: Apostila de Pediatria FMU, 2010.
Livro: Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem - 2011
Autores: Silva, Marcelo Tardelli da - Silva, Sandra Regina L.P.T
Editora: Martinari

30 março 2011

Carrinho de Emergência

Olá ! Humm....muito tempo que não escrevo né?
 ....mas volto com uma novidade!

Muita gente já ouviu falar (ou não), já viu (ou não)....um Carrinho de Emergência.
Mas....
Quais suas funções exatamente?
O que contem nele? ( dispositivos....medicamentos....kits...)
Qual a aparência?
Quantas gavetas / compartimentos, e o que contem em cada uma?
Qual o procedimento de conferência?
Essas e outras perguntas serão respondidas em breve....sim !

No momento ( 7º semestre da graduação), estou estagiando em um hospital, ótimo aliás, segundo os casos que surgem para assistenciarmos, juntamente com nossa professora que nos auxilia e ensina bastante alguns macetes da área, permitindo também que façamos tudo que vimos nos livros e apostilas, na prática, e que a gente saia dessa fase do estágio sabendo realizar os procedimentos.

Toda 6ªfeira os alunos fazem a conferência nos carrinhos, sendo 1 por andar.
Vou disponibilizar a lista aqui do que contém cada gaveta e fotos explicativas.... claro que você pode pesquisar no Google rssss mas vou evidenciar nossa realidade lá no hospital, e espero ajudar a  expandir a visão de quem ler o post.

_______________ COMPONENTES_____________

PARTE SUPERIOR

Em um primeiro momento podemos observar aqui, na parte superior do carrinho algumas coisas.

1. Oxímetro de Pulso
Utilizado para nos mostrar a Saturação de O2 , Freq. Cardíaca, Freq Resp. e identificar uma possível
Acidose ou uma Alcalose ao menos que seja respirátória (isso faz parte da disciplina de UTI na graduação...mas não vou aprofundar nesta postagem).

2. Desfibrilador Manual
Este é diferente do DEA (Desfibrilador Externo Automático) o qual também pode ser usado, mas pode
variar de setor, e o custo $$$ é outro também, por possuir mais tecnologia, e identificar quantos Joules serão utilizados para chocar o paciente e etc.

3. Suporte para Infusões - suporte para soro.

4. Tesoura - presa ao carrinho para cortarmos o lacre... e embalagens de infusões...etc

5. Protocolo para Parada - é a ordem do que se deve fazer em uma PCR ( Parada CardioRespiratória)
e o que cada profissional deve fazer

6. Pasta de Conferência da Aparelhagem - Contem impressos com algumas informações sobre os Joules (unidade de energia utilizada para chocar o paciente), se há cabo de ECG para realizá-lo momentaneamente, local para assinarmos. Abaixo da grade deve-se escrever, por.ex.

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011. Falta cabo de ECG - Assinatura/COREn "

7. Pasta de Conferência de Medicamentos e Dispositivos -  Contem impressos com o que há em cada gaveta e a quantidade de cada dispositivo/medicamento. Espaço para data de validade e dia da conferência, o que contém em cada Kit. Abaixo de tudo escreve-se novamente:

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011 - Assinar"

Se a farmácia não tem medicamento para repor...por exemplo:

"Aberto carrinho para conferência dia 23/03/2011. Farmácia deve KCl - Assinar"


* Há conferência uma vez por semana, no domingo, e quando há alunos na instituição confere-se de
sexta. Uma vez ao mês confere-se a validade dos medicamentos e dispositivos como sondas.

1ª GAVETA

Adenocard – adenosina        2amp

Adalat        3cp

Adrenalina           20amp

Água Destilada          10 amp

Aminofilina      3 amp

Ancoron – amiodarona       5amp

Atropina        10 amp

Bicarbonato de Sódio        3 amp

Bricanyl – terbutalina        3 amp

Cloreto de Potássio          3amp

Hidantal         3amp

Dilacoron – verapamil        3 amp

Dobutrex       1 amp

Dopamina         10amp

Flebocortid 100mg         3fr

Flebocortid 500mg         1fr

Glicose 50%            5amp

Gluconato de Cálcio       3amp

Diazepan         1amp

Isordil SL        3cp

Lasix – furosemida         5amp

Noradrenalina           5amp

Haldol – haloperidol         5amp

Sulfato de magnésio        3amp

Xylocaína          1fr

Tridil - nitroglicerina        1 amp

Niprid – nitroprussiato deNa         1 amp



2ª  GAVETA

Equipo bureta                   1unidade

Agulha 13 x 4,5                  5

Agulha 30 x 7                     5

Agulha 30 x 8                     5

Agulha 40 x 12                  10

Seringa 1ml                        2

Seringa 5ml                       5

Seringa 10ml                     5

Seringa 20ml                     5

Equipo para bomba           1

Equipo macrogotas            2

Equipo fotosensível             1

Luvas de procedimento      10 pares

Gel de contato                 1 fr

Eletrodos                        10

Micropore                       1

Lacre                              2

Polifix                             3

Garrote                           1

Jelco nº 16                      3

Jelco nº 18                      3

Jelco nº 20                      3

Jelco nº 22                      3


3ª  GAVETA

Óculos                            1

Intracath adulto               2

Polifix                             1

Máscaras                       5

Fluxômetro                     1

Sonda de aspiração válvula               3

Sonda Foley nº 12                     1

Sonda Foley nº 14                     1

Sonda Foley nº 16                     1



4ª GAVETA

Ringer Simples 500 ml            1

Ringer Lactato 500 ml            1

SF 0,9% 100 ml                    1

SF 0,9% 250 ml                    1

SF 0,9% 500 ml                    1

SF 0,9% 1000 ml                  1

SG 10% 500 ml                    1

SG 50% 500 ml                    1

SG 50% 1000 ml                  1

Manitol                                 1

Polisocel / Hisocel                1

Bicarbonato de Sódio          1



_______   KITS  _______


Kits servem para facilitar a vida do paciente e do profissional em casos de sondagem, intubação, passagem de cateter central...etc.

KIT CVD - Cateterização Vesical de Demora

Seringa 20 ml                              1

Xylocaína                                    1

Coletor Sistema Fechado             1

Gaze                                            2

PVPI Alcoólico                            1

Agulha 40 x 12                             2

Luva estéril 7,5                             1

Luva estéril 8,0                             1

Luva estéril 8,5                             1

AD 10 ml                                      1



KIT NASOGÁSTRICA

SNG (Levine) nº 12

SNG (Levine) nº 14

SNG (Levine) nº 16

Xylocaína gel

Coletor Sistema Aberto

Gaze

Seringa de 20 ml



KIT INTUBAÇÃO

Ambu                                     1

Fio guia                                  1

Gaze                                       2

Cânula orotraqueal 7,0            1

Cânula orotraqueal 7,5            1

Cânula orotraqueal 8,0            1

Luvas estéril 7,5                      1

Luvas estéril 8,0                      1

Luvas estéril 8,5                      1

Guedell                                   2

Laringoscópio / testar              1

Pilhas reserva                          2



KIT  UMIDIFICADOR

Cateter O2 tipo óculos

Umidificador

Extensão de O2

Água Destilada 125 ml




KIT NEBULIZADOR

Água destilada 500 ml

Nebulizador completo (máscara + traquéia)



KIT INTRACATH

Bisturi                                  1

Seringa 10 ml                       1

Seringa 20 ml                        2

Equipo macrogotas               1

Fio Mononylon 3.0               1

Gaze Estéril                           2

Luva estéril 7,5                      1

Luva estéril 8,0                      1

Luva estéril 8,5                      1

PVPI alcoólico                      1

SF 0,9% 250 ml                    1

Água Destilada                      2

SF 0,9% 10 ml                      1

Polifix                                     1

Xylocaína sem vascstr.            1



KIT ASPIRAÇÃO

Extensão de aspiração de O2      1

Luva estéril 7,5                           1

Xylocaína gel                              1

Frasco a vácuo aspiração            1

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Aspirador a vácuo e Umidificador



Kit Intubação


Parte Superior do Carrinho


Carrinho


1ª Gaveta


2ª Gaveta


3ª Gaveta


Kit Intracath = Adulto


Impresso



Bom, sobre os Kits para saberem como se apresentam:
colamos sempre uma etiqueta com o nome do kit, data da conferência e nome de quem o fez.
Dispositivos como nebulizador, umidificador, aspirador e ambu são esterilizados e trocamos semanalmente.

Espero que tenha ajudado na compreensão, as informações que postei aqui.
De qualquer forma, o legal é que posso acessar de qualquer lugar também.  =D
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